sábado, 10 de março de 2012

Redução de desperdício de alimentos JÁ

Alimentos estragados na geladeira, mantimentos vencidos na despensa e pessoas pedindo comida na rua: no mesmo mundo mais de 1/3 dos alimentos produzidos vai para o lixo e 925 milhões de pessoas (cinco vezes a população brasileira) passam fome. Como transformar esta equação e fazer com que o desperdício seja revertido em fonte de alimentos?
Pensando nisso, o Parlamento Europeu aprovou em janeiro deste ano uma recomendação aos países membros da União Europeia para que reduzam o desperdício de alimentos em 50% até 2025. Se referendada por todos os órgãos da União Europeia, a recomendação terá caráter orientador das políticas dos países membros. Segundo a Comissão Europeia, se nenhuma medida for tomada para evitar o desperdício, ele tende a aumentar em 40% nos próximos oito anos.

O crescimento da população e o consequente aumento da demanda por alimentos são uma realidade a ser considerada nessa análise. A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) divulgou em fevereiro que a produção agrícola precisa crescer 60% para alimentar a população mundial em 2050, se o mundo seguir o padrão de consumo atual. O órgão também defende a redução do desperdício de alimentos, desde a extração de matéria-prima até o consumo.
Mesmo que ainda não estejam valendo, as recomendações são inspiradoras para países em desenvolvimento, onde o desperdício de alimentos chega à metade de sua produção. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome apoia a constituição de bancos de alimentos* que redistribuam comida doada. Iniciativas como o Mesa Brasil do SESC** também são voltadas ao recolhimento e repasse de alimentos que seriam jogados fora. Apesar disso, o Brasil segue perdendo aproximadamente 64% do que planta ao longo da cadeia produtiva.
Há muito a ser feito para reduzir o desperdício, tanto na cadeia produtiva quanto no consumo doméstico dos alimentos. Cabe ao consumidor consciente demandar soluções dos fabricantes e distribuidores e também reduzir o desperdício no consumo doméstico, seja planejando suas compras e optando por embalagens de tamanhos adequados às necessidades da família, seja no preparo dos alimentos e no seu aproveitamento integral.
- por Equipe Akatu -


*Banco de Alimentos: o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome apoia a criação de bancos de alimentos no país, seja por órgãos públicos, pela iniciativa privada ou pela própria sociedade. Os bancos recebem doação de alimentos considerados impróprios para a comercialização, mas adequados ao consumo. O conteúdo arrecadado é repassado a instituições da sociedade civil sem fins lucrativos que produzem e distribuem refeições gratuitamente a pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar. Muitas Centrais de Abastecimento (CEASAS) espalhadas pelo país fazem parte do projeto.

**Mesa Brasil SESC: o Mesa Brasil do SESC é uma rede nacional de banco de alimentos que recebe doações de alimentos e serviços de indústrias de alimentos, centrais de distribuição, supermercados, armazéns, redes varejistas, associações de produtores rurais e as repassa a quem precisa. Com foco no combate à fome e ao desperdício, são coletados alimentos excedentes ou fora de padrões de consumo, mas que ainda pode ser consumidos. Os beneficiários do Mesa Brasil são pessoas em situação de vulnerabilidade social e nutricional, atendidas assistidas por entidades sociais.
Para saber mais: www.sesc.com.br/mesabrasil

Novidades: reparou no cabeçalho do blog? Tenho páginas com dicas, frases e fotos ecológicas! Fique à vontade para ver e usar!

Bom final de semana!

3 comentários:

Ane disse...

Nossa,faz pena ver tanta comida jogada fora...É impressionante mesmo.Ainda bem que já existem iniciativas pra pelo menos tentar diminuir o desperdício!Bjos ecológicos!

ONG ALERTA disse...

Uma pena mesmo, rever valores...
Beijo Lisette.

Zéza disse...

Oi querida! Vim agradecer a sua visita e avisar que já atualizei! Estou esperando sua visita!! Beijos azuis!