sábado, 3 de dezembro de 2011

Divisão do Pará é ameaça para Unidades de Conservação

Em 11 de dezembro será realizado um plebiscito com toda a população do estado do Pará, que decidirá sobre a divisão ou não do estado em três – além de Pará, Tapajós e Carajás. Se aprovada a divisão, três novas frentes por autonomia econômica se abrem e essa corrida em nome do desenvolvimento, na geografia que se desenharia, desponta como uma séria ameaça à integridade de áreas protegidas e da biodiversidade da região.

O Pará é o segundo estado do Brasil em extensão territorial e mais de 74 milhões de hectares, cerca de 60% do total de 1.247.689,515 km² são áreas protegidas entre Unidades de Conservação (UCs) de proteção integral (não podem ser habitadas pelo homem) e de uso sustentável (permite o uso sustentável da área por moradores locais). Esses números o tornam, apesar do avanço do desmatamento, o estado com a maior extensão de UCs da Amazônia brasileira. Alterar isso pode ser preocupante.
Além dos rearranjos geográficos, outro alerta a ser considerado é a autonomia quanto à legislação de cada estado no que se refere às UCs estaduais que, sozinhas, ocupam 10,71% do atual Pará. Se dividido em três, estas unidades ficarão à mercê dos novos legisladores.

A preocupação de diminuição ou mesmo dissolução de UCs não é mera especulação, afirma o advogado Girolamo Treccani, ex-assessor chefe do Instituto de Terras do Pará (Iterpa). “À luz da legislação, todas as Ucs poderiam sofrer modificações desde que projetos de leis, estaduais ou federais, sejam apresentados e aprovados pelas respectivas instâncias”.
Para muito além da esfera legal, existe o modelo de desenvolvimento que historicamente vem sendo implementado na região e nessa análise, alerta Treccani, ameaças às UCs podem se intensificar devido à necessidade dos novos estados em ampliar suas fronteiras agrícolas e de ocupação. A APA Triunfo do Xingu, por exemplo, ficaria divida entre Tapajós e Carajás. Sem grandes proteções legais e com o avanço do desmatamento, seria um dos primeiros alvos dos novos estados.

O alerta vermelho se daria, ainda, sobre duas florestas estaduais, as Flotas Faro e Trombetas.Essas duas áreas estão próximas às terras do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) destinadas à agricultura e, por suas características geofísicas, são propicias ao agronegócio. O Tapajós poderia alegar falta de terras para seu desenvolvimento”, prevê Treccani.
- Kelem Cabral - ((o))Eco -

Bom final de semana!

3 comentários:

nadja disse...

Lindona..boa noite..aqui um friozão..passando para dar uma zoiadinha...pow é uma pena mesmo essas divisões de terras...bem queridinha postei no meu fantasia de amor..tá um love só kkk beijus otimo fim de sábado!!!
http://fantasiadeamor.zip.net

... Morgana disse...

Olá dinda! Pensei que tinha perdido o meu blog... graças a Deus, recuperei! Esse seu cantinho continua muito bom! Beijos cintilantes. Morgana

MARY disse...

Oi,Amiga Tetê! Tudo bem?
Foi esclarecedor seu post,pois não sabia se seria bom ou não o Estado do Pará ser dividido. Eu achava que não deveria haver divisão,mas tinha ainda uma opinião "concreta"!
Valeu o Post!!!
"Natal, milhões de esperanças.
É quando Noel, num segundo,
Transforma a todos: crianças..."
Postei na minha COZINHA uma receitinha da amiga Lilly.
E no Casal de Lobos falo da origem das palavras "Christmas" e "Xmas".
Passe lá,qdo puder!
http://casaldelobos5.zip.net
Ótimo Fim de Semana!
Beijinhos,MARY.