sábado, 22 de outubro de 2011

Filhotes de tartarugas Arrau

A tartaruga Arrau é uma das espécies de fauna silvestre mais ameaçadas da América do Sul e mais de 10 mil tartaruguinhas da espécie Arrau foram liberadas no mês de maio na Poça de Babilla Flaca, um dos afluentes do Rio Orinoco na Amazônia venezuelana.
No total, 51 mil exemplares retornarão ainda este ano a seu habitat natural através do Programa de Conservação da Tartaruga Arrau, que desde 1989 atua em conjunto com o Ministério do Ambiente (Minamb) e a Guarda Nacional Bolivariana, além de contar com apoio de diversas organizações não governamentais e instituições educativas do país.

O objetivo do programa é reforçar e acelerar a recuperação das populações naturais que se encontram em perigo de extinção através de ações de cuidado e educação ambiental, assim como também o manejo da espécie por meio da mudança de local de ninhos em risco, resgate de tartarugas recém-nascidas, transferência para centros de criação, soltura e monitoramento de animais já liberados.
Segundo dados do Minamb, nos últimos 10 anos mais de 350 mil tartarugas Arrau foram liberadas em seu habitat natural depois de passar um ano nos criadouros. A atividade de liberação deste ano contou com a participação do Instituto Nacional de Terras (INTI), da Oficina Nacional Antidrogas (ONA), Universidade Nacional Experimental das Forças Armadas (Unefa), Unidade Educativa Cecilio Acosta e Instituto Universitário de Tecnologia Amazonas (Iutama), entidade parte da Fundação La Salle de Ciências Naturais, encarregada de criar em cativeiro as tartarugas que foram resgatadas em 2010 das praias de nidificação do Rio Orinoco.

A tartaruga Arrau, conhecida como Podocnemis expansa, é um quelônio de água doce que pode chegar a pesar 40 quilos. É a maior da América Latina (a fêmea pode chegar a medir até 70 centímetros). A cor de sua carapaça é quase preta, formada por placas lisas e grandes. A parte de baixo - chamada de plastrão - é de cor amarela; as patas são curtas e munidas de fortes e largas unhas e seus dedos estão unidos por uma membrana que lhe permite nadar. Se alimenta de plantas aquáticas, frutas e sementes que encontra na água, mas também de alguns invertebrados como esponjas e camarões.
Ela é encontrada nas bacias dos rios Orinoco e Amazonas, mas no momento de pôr os ovos prefere algumas ilhas do Rio Orinoco com solos arenosos. Diversos estudos científicos indicam que o processo reprodutivo das tartarugas arrau começa no mês de outubro com o descenso das águas no Orinoco, o que permite a congregação da espécie. Durante o mês de fevereiro as fêmeas iniciam o ritual de tomar sol nas beiras das ilhas que começam a aparecer ao longo do rio antes da desova.
Esse banho do sol leva vários dias, entre fevereiro e princípios de março, até o momento em que nidificam, processo que realizam durante a madrugada cavando buracos de até 80 centímetros de profundidade. Nele depositam entre 50 e 150 ovos brancos e redondos que são cobertos com areia, fazendo do buraco uma espécie de incubadora cuja temperatura determinará o sexo dos indivíduos. Estudos indicam que altas temperaturas de incubação estabelecem uma maior proporção de fêmeas, enquanto que as baixas determinam nascimento de machos. Entre 45 e 70 dias, as tartaruguinhas arrau vão à superfície da areia para enfrentar toda classe de ameaças.

A principal ameaça para a tartaruga arrau é a exploração de suas populações como fonte de alimento e para a obtenção de outros produtos. No momento de sair do buraco e antes de chegar à água são engolidas por urubus, garças, cegonhas e gaviões. As sobreviventes enfrentam, a seguir, predadores aquáticos como piranhas e bagres. Uma investigação do Minamb afirma que na atualmente a carne de Arrau é comercializada, apesar de esta prática ser ilegal e do monitoramento para evitar que isso aconteça.
Em 2001 o Minamb iniciou um processo de fortalecimento do programa de conservação com o que se conseguiu, entre outras coisas, a diminuição da caça e de saqueio de ninhos, o incremento da educação ambiental e o aumento na participação das comunidades no cuidado destas espécies.
- Evelyn Gusman, para o site ((o))Eco -

Bom final de semana!

4 comentários:

Aliny disse...

Credo q povinho morto de fome comer ate os fiotins de tartaruga..isso ja nem eh fome eh maldade msm..tia se continuar assim daqui uns anos soh vamos ver ...esses bichinhos em criadouros..pq passaros silvestres ja tem mts em criadouros..tadinho deles neh?!!otimo fds ... Bjinhux

Ane disse...

Menina,é impressionante isso...estamos perdendo especies de animais porque tem gente que não tem o minimo de educação ecológica...Isso devia ser ensinado em todas as escolas,né?
Bjos ecológicos!

ONG ALERTA disse...

Educar para o futuro, beijo Lisette.

Ane disse...

Oi Tetê!Quando atualizar me avise,tá?Bjos estalados nas bochechas!