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As áreas mais brilhantes da Terra são as mais urbanizadas, mas não necessariamente as mais populosas. Compare, por exemplo, a Europa Ocidental com a China e Índia e verá isso claramente. Mesmo passados 100 anos da invenção da luz elétrica, algumas regiões permanecem escassamente povoadas e apagadas. A Antártica é totalmente escura. As selvas do interior da África e da América do Sul também, mas luzes já começam a aparecer por lá. Os desertos da África, Arábia, Austrália, Mongólia e dos Estados Unidos são pouco iluminados, bem como as florestas boreais do Canadá e da Rússia, e as grandes montanhas do Himalaya.(foto NASA)



A foto que ((o))eco traz hoje homenageia o Tiê-sangue (Ramphocelus bresilius), também conhecido como Sangue-de-boi e Tiê-fogo. Esses nomes advêm da sua viva plumagem vermelha. É uma ave tipicamente brasileira e ocorre da Paraíba a Santa Catarina, em áreas de restinga, plantações e matas baixas. Sua beleza faz com que, não raro, seja vítima de contrabando, entretanto, ele ainda não se encontra ameaçado de extinção.  Foto: Daniel Garcia Neto



A repórter Leilane Marinho esteve em 2011 na Ilha do Bananal. Localizada no estado de Tocantins, é a maior ilha fluvial do mundo com quase 2 milhões de hectares. No fim de uma tarde úmida ela atravessou o rio Javaé e retratou a chegada da noite na aldeia Boto Velho, que fica na Terra Indígena Inãwébohona.



A ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) é protagonista de um dos mais tristes capítulos da história ambiental brasileira. Desde o ano 2000 que um exemplar da espécie não é visto na natureza. As duas ararinhas da foto, batizadas de Paul e Paula, nasceram no inicio de julho de 2011 no aviário da Associação para a Conservação dos Papagaios Ameaçados (ACTP, na sigla em inglês), em Berlim.
Como elas, hoje, as últimas ararinhas - cerca de 80 - vivem em cativeiro. Entretanto, programas de conservação em criadouros têm aumentado a esperança de que a ave possa voltar, dentro de alguns anos, ao seu habitat, à Caatinga e às matas ciliares de afluentes temporários do rio São Francisco. Texto de Paulo André Vieira e Foto de Patrick Pleu




O Parque Estadual de Forno Grande é um dos menos conhecidos do Espírito Santo. Seu nome foi dado por nativos, pois sempre em cima de seu ponto mais alto há uma pequena nuvem, e os indígenas dizem que a natureza já acendeu o forno para fazer pão. Com uma área de pouco mais de 730 hectares, a área protegida tem como principal atrativo seu pico, algumas corredeiras de água e um mirante, de onde foi possível fazer essa bela foto da Pedra Azul, um formação de granito e gnaisse de 1.822 metros de altura. Foto: Palê Zupani



A homenagem da foto do dia no ((o))eco dessa vez vai para o Tuiuiú. A ave-símbolo do Pantanal tem um grande porte e sua beleza chama atenção dos turistas, que podem vê-los nas margens de grandes rios e lagos, onde vivem. Põe seus ninhos no topo de árvores altas e são postos de dois a cinco ovos por ninhada. O Tuiuiú ocorre desde o México ao Norte da Argentina; no Brasil, é encontrado principalmente na zona do Pantanal, nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O Brasil, inclusive, abriga mais de 50% da espécie em seu território. Foto: Manoel Francisco Brito



Parece que não há mais tempo para o Cerrado. Mas no Cerrado há um tempo para tudo: há tempo de seca e tempo de chuva; há tempo de flor e tempo de fruto; há tempo de folhas e tempo galhos; há tempo de colorido e tempo sem cor. Infelizmente ainda não sabemos quando será o tempo de conservação, até hoje só conhecemos tempo de destruição. texto e foto de Verônica Theulen.



O Tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus), é uma espécie de tucano nativa do Brasil, Argentina e Paraguai. Eles medem aproximadamente 48 cm de comprimento, possuindo, como o próprio nome popular indica, o bico de cor verde, garganta e peito amarelos e barriga vermelha. Também podem ser conhecidos pelo nome de tucano-de-peito-vermelho. É bastante comum em regiões de serra, onde é avistado em pequenos bandos. São perseguidos por caçadores pela sua carne. Se alimenta de frutos, artrópodes e pequenos vertebrados, sendo que com frequência alimenta-se de filhotes e ovos em ninhos de outras aves. Bota de 2 a 4 ovos, incubados durante 18 dias. Foto: Sérgio Abranches



O papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) é o mais procurado dos papagaios para servir de animal de estimação, tendo fama de ser o melhor falador. Vive em beiras de rio nas matas úmidas ou secas, e é encontrado do Piauí ao Rio Grande do Sul. Não é avistado nas áreas litorâneas, onde vive o curica, ou papagaio do mangue (Amazonia amazonica). O exemplar da foto foi clicado no Parque das Aves, em Foz do Iguaçu. Foto: Sérgio Abranches



A ariranha (Pteronura brasiliensis), a maior espécie da subfamília das lontras, é encontrada apenas na América do Sul, e no Brasil os principais santuários conhecidos da ariranha são os rios Negro e Aquidauana, no Pantanal e o médio Rio Araguaia, em especial o Parque Estadual do Cantão, com seus 843 lagos. Um dos principais fatores de riscos para a ariranha nos dias atuais é a destruição e a degradação do seu hábitat devido à expansão populacional humana. A poluição dos rios, principalmente junto de explorações mineiras, causam vítimas entre as ariranhas que se alimentam de peixe contaminado por metais, que se acumulam nos peixes e, mais intensamente ainda, nas ariranhas, que estão no topo da cadeia alimentar. As ariranhas da foto foram clicadas no Rio Roosevelt, um afluente do rio Madeira. Foto: Ana Rafaela D'Amico



Este tiê-sangue posou na árvore em frente à varanda do chalé em que Sérgio Abranches estava hospedado na Ilha do Papagaio, permitindo que fizesse várias fotos. Os pássaros voam e revoam por toda a ilha, gaivotas, atobás, fragatas, trinta-réis, sanhaços, tico-ticos e chopins, alardeando que ali encontraram segurança e alimento. A ilha do Papagaio, em Santa Catarina, tem 146 mil metros quadrados e apenas 1,5% está ocupado, o resto é vegetação natural, mistura de Mata Atlântica e Restinga.



Carlos Secchin é famoso por suas fotos submarinas, mas quando não está mergulhado nela, a água tem papel de destaque, seja comentando , dando seus pitacos ou sugestões. Na foto abaixo, água repousando despreocupada sobre a vegetação do cerrado.



Pela sua beleza e dificuldade de ser avistado, a foto deste Crejoá (Cotinga maculata) valeu a Ciro Albano o primeiro lugar no Avistar 2010, concurso que escolhe os melhores cliques de aves nativas em liberdade e em território nacional. O Crejoá está ameaçado de extinção, apesar da proteção legal da espécie e das florestas de baixada do Espírito Santo e sul da Bahia.



O especialista em geoprocessamento Alexandre Curado descobriu nos vôos de ultraleve uma forma bem particular para registrar belezas e mazelas do Centro-Oeste e de outras regiões que revelam a plenitude de seus detalhes desde os céus do país. Do alto noto a imensidão e a diversidade de ambientes do Brasil. Tem muita coisa para se conhecer". Na foto, um detalhe do Vale da Lua, ponto turístico da Chapada dos Veadeiros.


O surucuá-de-barriga-vermelha também é conhecido pelos nomes de dorminhoco, maria-teresa, peito-de-moça e perua-choca. Vive nos diversos ambientes florestados, aparecendo ocasionalmente nos capões de cerrado. No entanto, é mais comum nas matas ciliares, bem como ao longo dos corixos maiores, nos cambarazais e cerradões. Este posou para o fotógrafo Adriano Gambarini durante a expedição à Estação Ecológica de Taiamã, no Mato Grosso.


Este simpático gorila das montanhas deve estar hoje com uns 7 anos de idade. Foi fotografado por Ana Leonor, colunista de ((o))eco, em 2006 durante uma visita ao Parque Nacional dos Vulcões, em Ruanda. A magnífica experiência de contemplar os gorilas durante uma hora em seu habitat natural custa hoje US$500. O preço pode parecer salgado, mas é todo revertido para a manutenção do parque e justifica-se pela preocupação com o bem estar dos animais. Além do estresse causado pela visitação, os grupos são reduzidos para minimizar o risco de contaminação dos gorilas por doenças carregadas pelos turistas.


O Canal de Beagle é um estreito que separa as ilhas do arquipélago da Terra do Fogo, o ponto mais austral das Américas. A repórter Juliana Tinoco, de ((o))eco, esteve por lá em 2006. Para aliar o conforto do visitante ao bem-estar da flora e fauna do Parque Nacional da Terra do Fogo, os passeios de barco são guiados e respeitam horários restritos. Quem quiser pode descer e caminhar entre os pingüins pagando um pouco mais caro, o que restringe bastante o número de visitantes. Em repeito aos nossos amiguinhos, Juliana preferiu dizer oi de longe.


Esta vista da praia de Itaipuaçu é a recompensa pelo esforço de encarar uma hora e meia da caminhada até o topo da Pedra do Elefante, localizada no Parque Estadual da Serra da Tiririca, no Rio de Janeiro. Com 412 metros, o chamado "Alto Mourão" é maior que o Pão de Açúcar, e de lá é possível admirar a baía de Guanabara, a estátua do Cristo Redentor e as montanhas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Criado em 1991, o parque logo foi reconhecido pela Unesco como Reserva da Biosfera da Floresta Atlântica, contando com mais de 350 espécies vegetais e 130 espécies de aves. Andreia Fanzeres, de ((o))eco



A gruta da Lancinha é a terceira maior caverna do Paraná. A diversidade de ambientes, a raridade das formações rochosas e a riqueza biológica colocam Lancinha em lugar de destaque na espeleologia, a ciência que estuda as cavidades naturais. O repórter Romeu de Bruns Neto, de ((o))eco, esteve lá em 2005.


A Terra não parecia azul na primeira foto que a NASA, a agência espacial norte-americana, fez de nosso planeta em 1960. As imagens do satélite TIROS eram feitas em preto e branco. Recentemente uma nova versão da Blue Marble foi apresentada para o público. Fruto dos dados coletados pelo recém-lançado satélite Suomi NPP, ela mostra nosso planeta em uma resolução nunca antes vista. Aprecie nosso belo Planeta Azul!


O Parque Nacional de Triglav, o único da Eslovênia, foi criado para proteger a porção alpina daquela região que já fez parte da Iuguslávia. Pelo tamanho do país, menor que o estado brasileiro de Sergipe, ter apenas um parque nacional não é vergonha, mas motivo de orgulho. Caminhando por suas trilhas, o colunista de ((o))eco, Pedro da Cunha e Menezes passou a noite no belíssimo abrigo de Zavsavska, no topo dos Vale dos Sete Lagos. Apesar da vista magnífica, conforto e boa culinária, não encontrou chuveiros por lá.


Para dificultar que prisioneiros em fuga se escondessem, a maior parte de vegetação original de Fernando de Noronha foi cortada na época em que a ilha funcionava como presídio. Sem a cobertura das plantas a retenção de água durante a estação seca é prejudicada, fazendo com que a paisagem lembre a do sertão nordestino. Porém, mesmo após dois anos de seca, o arquipélago de Fernando de Noronha ainda é um colírio para os olhos, como podemos ver nesta foto da repórter Carolina Mourão, tirada em 2005 em meio a uma grave crise de abastecimento de água.


Em 2005 o repórter Romeu de Bruns Neto de ((o))eco fez mais uma subida até o cume do Pico Paraná, ponto culminante da Região Sul do Brasil. A subida, em um ritmo tranquilo e com um generoso intervalo para o almoço, levou cerca de seis horas e meia. Não é muito longe de Curitiba, sendo uma ótima opção para quem quer curtir o que a Floresta Atlântica e a Serra do Mar oferecem de melhor.

Uma manifestação natural de cores, não tão comum em São Paulo, foi registada na tarde do sábado, 14 de janeiro, pela designer gráfica, Patrícia Chammas, da janela de seu apartamento, na zona sul da cidade.



Em 2007, Pedro da Cunha e Menezes (colunista de ((o))eco) visitou as Cataratas Vitória, na fronteira da Zâmbia com o Zimbabwe e clicou essa bela imagem. A ponte da foto foi construída na Inglaterra e instalada no local em 1905 como parte de um ambicioso projeto de ligar a África desde a Cidade do Cabo até o Cairo através de uma ferrovia. Razões políticas e econômicas impediram a empreitada. A região do seu entorno é, hoje, um pólo de ecoturismo, considerada a capital do esporte de aventura da África meridional.




Aprecie e deleite-se com essa foto que Jonina fez da aurora boreal!


Em 2006 ((o))eco entrevistou um jovem biólogo que transformou uma encosta nos fundos de seu condomínio, usada como lixão para todo tipo de entulho por moradores do prédio e da favela vizinha, em uma grande horta de alimentos orgânicos.
O repórter Eric Macedo retratou assim um dos frutos do trabalho de Rudi Moreno, uma pimenta emoldurada pelo Cristo Redentor.